A cientista brasileira Livia Schiavinato Eberlin é chefe de um laboratório de pesquisa da Universidade do Texas em Austin, nos Estados Unidos, onde mora há 10 anos.
Foi neste laboratório, que esta química formada pela Unicamp começou a pesquisar um dispositivo capaz de extrair moléculas do tecido humano e apontar, no material analisado, a presença de células cancerosas. A caneta foi criada para certificar, durante uma cirurgia oncológica, que todo o tecido tumoral foi removido do corpo do paciente. Isso porque nem sempre é possível visualizar a olho nu o limite entre a lesão cancerosa e o tecido saudável. A caneta desenvolvida por ela e sua equipe de pesquisadores usa uma técnica de análise química para dar essa mesma resposta que um patologista daria.
Lívia explica que muitas vezes o tecido é retirado e analisado por um patologista ainda durante a cirurgia para confirmar se todo o tumor está sendo retirado, mas esse processo leva de 30 a 40 minutos e, enquanto isso, o paciente fica lá, exposto à anestesia e a outros riscos cirúrgicos .
Como funciona?
“A caneta tem um reservatório preenchido com água. Quando a ponta dela toca o tecido, capta moléculas que se dissolvem em água e são transportadas para um espectrômetro de massa, equipamento que caracteriza a amostra como cancerosa ou não”, explica a cientista.
Além dos equipamentos de análise química, técnicas de inteligência artificial, foram usadas na criação do modelo centenas de amostras de tecidos cancerosos que, por meio de suas características, “ensinam” a máquina a identificar o tecido tumoral. “Na primeira fase da pesquisa analisamos mais de 200 amostras de tecido humano e verificamos uma precisão de identificação do câncer de 97%”, conta Livia.
O resultado desta etapa da pesquisa foi publicado na revista científica Science Translational Medicine em 2017. E recentemente, a equipe de pesquisadores de Lívia obteve autorização de comitês de ética de instituições americanas para testar a técnica em humanos, durante cirurgias reais. O dispositivo já foi testado para câncer de cérebro, ovário, tireoide, mama e pulmão, e está começando a ser usado também nas pesquisas de tumor de pele.
Nos Estados Unidos, Livia ganhou destaque na comunidade científica ao ser uma das selecionadas em 2018 para receber a renomada bolsa da Fundação MacArthur, conhecida como “bolsa dos gênios” e destinada a profissionais com atuação destacada e criativa em sua área. O prêmio foi no valor de U$ 625 mil (cerca de R$ 2,5 milhões). Segundo a cientista, mesmo com ótimos resultados nos testes com amostras de tecidos, o modelo ainda precisa ser aprovado em testes clínicos. Sua expectativa é que a caneta deva demorar de 2 a 3 anos para ser lançada como produto.
* Com informações do site Só Boa Notícia.
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