Não é só de tecnologia de ponta que vive o maior centro de pesquisa em saúde pública do país, a Fiocruz.
Situada na zona norte da cidade do Rio de Janeiro, a Fundação Oswaldo Cruz está cercada por várias comunidades carentes e um dos seus grandes investimentos é a comunicação.
Além de produções próprias, a fundação tem parcerias com produtoras de vídeo através de editais. Estas produções com o Selo Fiocruz Vídeo estão disponíveis no Youtube gratuitamente no Canal da Distribuidora Vídeo Saúde.
Para difundir o que acontece no âmbito da saúde para a população, a Fiocruz se baseia no tripé: informação, educação e comunicação.
A lista a seguir traz dez documentários sobre a história da saúde pública no Brasil, as campanhas e bastidores, além do aspecto social.
1 – Oswaldo Cruz na Amazônia
No início do século XX, após a implantação das campanhas sanitárias no Rio de Janeiro, Oswaldo Cruz partiu para a Amazônia, em viagem de inspeção sanitária aos portos do Brasil.
Em 1910, realizou campanha contra a febre amarela em Belém e, em visita às obras de construção da estrada de ferro Madeira-Mamoré, estabeleceu um plano de combate à malária na região.
Quase um século depois, utilizando filmes, fotografias, caricaturas, cartas e relatórios do cientista, uma equipe de pesquisadores da Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz) refez seu percurso e gerou este documentário, que resgata a memória e atualiza as principais questões de saúde por ele levantadas.
2 – Herança Social
Uma doença antiga, estudada e negligenciada. O Rio de Janeiro é uma das capitais com mais casos de tuberculose. Mas por que para algumas pessoas a tuberculose é hereditária?
Hereditária é a situação social. Os lugares mais pobres dos lugares mais ricos reúnem condições precárias de vida que propagam uma doença que não deveria mais existir.
O documentário revela que há décadas partilhamos a mesma herança social com incríveis imagens de arquivo sobre as condições de vida do trabalhador brasileiro.
3 – A História da Saúde Pública no Brasil – 500 anos na busca de soluções
Brasil Colônia, Brasil Império, Brasil República, um passeio pela história da saúde pública no país, sempre marcada pelas diferenças sociais e pela falta de prioridade nos investimentos do governo.
Nesta animação bem-humorada, podemos ver que apesar dos muitos avanços e conquistas, continuamos ainda na busca de soluções.
4 – Mudando o Mundo
Uma produção especial para as crianças em que numa sala de aula, brinquedos e objetos ganham vida para ajudar a contar a história de descobertas científicas que mudaram o mundo.
Em cinco divertidos episódios aprenda sobre Oswaldo Cruz e o combate à varíola; Adolpho Lutz e Emilio Ribas e a experiência sobre a transmissão da febre amarela; Carlos Chagas e a descoberta do inseto transmissor da Doença de Chagas; Manoel Dias de Abreu e a invenção da técnica de abreugrafia e Zé Gotinha e a importância da vacinação.
5 – Linha de Corte
Quais são os limites do corpo humano? Correr 15 km em 52 minutos e 12 segundos? Cortar 52 toneladas de cana em um dia? Essas marcas foram alcançadas por dois cortadores de cana que tinham em comum o árduo trabalho no campo.
Com esse tempo, Maria Zeferina Baldaia conquistou o primeiro lugar na São Silvestre em 2001. Valdecir da Silva Reis conquistou um salário um pouco maior, muitas dores e uma morte prematura.
O documentário mostra o impacto do sistema de pagamento por produção na saúde do trabalhador rural, desnudando a precariedade do trabalho no interior dos canaviais das modernas usinas paulistas, um cenário de pouca visibilidade social.
6 – Ehcimakî Kirwañhe: um debate na saúde Indígena
O curta-metragem discute sobre a estruturação e o funcionamento da rede de saúde indígena no oeste do Pará, na região do Mapuera.
Participam do documentário agentes indígenas de saúde, profissionais da Casa de Apoio à Saúde Indígena, sanitaristas e outros profissionais do Sistema Único de Saúde.
A partir do olhar proposto pela Política Nacional de Humanização da Assistência em Saúde, apresenta reflexões e diálogos sobre o uso da medicina tradicional, a produção da demanda pelo serviço de saúde indígena e a relação com a diferença.
7 – Cinematógrafo brasileiro em Desdren
Com imagens de época e entrevistas com pesquisadores de história da saúde e do cinema, o documentário resgata dois filmes exibidos em 1911 no pavilhão brasileiro da Exposição Internacional de Higiene em Dresden (Alemanha).
Tematizando o combate à febre amarela no Rio de Janeiro e a recém-descoberta doença de Chagas em Lassance (MG), são os primeiros filmes científicos brasileiros conhecidos, marcando o pioneirismo do Brasil e do Instituto Oswaldo Cruz na utilização de imagens em movimento na comunicação e informação em saúde.
8 – Baniwa, uma história de plantas e curas
As práticas tradicionais de cura estão no cerne da cultura Baniwa, povo indígena do Alto Rio Negro (AM). São os saberes míticos dos Baniwa que orientam suas concepções de saúde e doença e que direcionam as ações de cura dos conhecedores de plantas, dos pajés e dos benzedores.
Qual é o espaço de reconhecimento destes saberes hoje? O documentário busca o sentido de permanência dessas práticas no atual contexto do contato.
9 – Revolta da Vacina
Com esquetes teatrais e depoimentos de médicos, pesquisadores e historiadores, este documentário apresenta a história da varíola, da vacina e da revolta popular de 1904, ocorrida no Rio de Janeiro.
Abordando as questões sociais, políticas e culturais, saiba como foi a campanha de vacinação em massa do governo de Rodrigues Alves, em plena República Velha.
10- SUS 30 anos
A produção é de 2018. O Conselho Federal de Enfermagem lançou o documentário em comemoração ao aniversário da Constituição de 1988. Que consagrou a saúde como um direito de todo cidadão e dever do estado.
Depoimentos da maior profissão da Saúde confirma que tem 60% de seus mais de 2 milhões de trabalhadores inseridos. A enfermagem está em todos os setores, e à frente de boa parte dos programas, como o Saúde da Família.
O documentário tem o objetivo de mostrar para a sociedade o valor desse atendimento universal, para todo cidadão, que está correndo o risco de ser extinto e substituído pelos chamados “planos populares”.