Conforme o psicólogo Jean Piaget, a primeira infância é uma das fases mais importantes do desenvolvimento humano. É um período no qual ocorre o desenvolvimento de estruturas e circuitos cerebrais, bem como a aquisição de capacidades fundamentais, que permitirão o aprimoramento de habilidades futuras mais complexas.
Uma das atividades que mais encanta os pequenos é a música. Pesquisas comprovam que mesmo dentro da barriga da mãe, os bebês podem sofrer influência da música.
As escolas e creches que têm iniciação musical dão às crianças a oportunidade de desenvolver uma série de estímulos para o desenvolvimento motor.
A música está ligada à memória e à emoção. Ao longo da vida, quantas vezes não elegemos algum repertório ou uma canção específica para marcar fases da nossa vida?
Uma forma de expressão e de linguagem
Profissionais de iniciação musical garantem que a música certa no contexto certo, é um estímulo para a criatividade e a fantasia.
Basta mexer nos instrumentos, que os baixinhos, inclusive os bebês, começam a mexer as mãos e a se balançar numa coreografia. É uma demonstração da inteligência da criança, a música conjuga a coordenação motora com a audição. Ela é fundamental no desenvolvimento da criança.
Em adultos em tratamentos psicológicos, a música trabalha não só a memória como também as emoções.
Na Universidade de Brasília (UNB) existe um coral de idosos com Alzheimer, que trabalha a memória e o exercício mental e eles não esquecem a letra.
Um exemplo curioso do uso da música é de um hospital de veteranos de guerra em Nova York, nos EUA.
Um grupo de músicos profissionais costuma tocar um repertório triste que aflora as emoções dos pacientes, de forma a estimular uma catarse e mostrar-lhes que eles estão vivos apesar do trauma que viveram.
Os 7 Benefícios de aprender a tocar um instrumento
Saúde Mental
O ensino musical também trabalha a autoestima, disciplina, superação de barreiras, socialização e trabalho em equipe. A prática ajuda a criança a superar seus limites e reconhecer suas forças e fraquezas. A prática com instrumentos musicais também pode ser um grande aliado no combate à depressão, estresse e ansiedade, melhorando o humor e ajudando na capacidade de reconhecimento e resolução de problemas.
Concentração e Criatividade
A música potencializa a plasticidade cerebral, aumenta o comprimento dos feixes cerebrais favorecendo conexões entre neurônios na área frontal, relacionada a processos de memorização e atenção. A prática musical desde a primeira infância desenvolve uma boa memória e a capacidade criativa de improviso.
Autismo e TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade)
A música reforça áreas cerebrais que, na criança com TDAH, são fracas como o córtex auditivo, visuo-espacial e motor do cérebro. Isso faz com que a criança melhore sua capacidade de concentração, autoestima, autoexpressão e desenvolvimento social. Em crianças com autismo, estímulos musicais têm sido responsáveis por ativar regiões do cérebro associadas ao processamento de emoções.
Desenvolvimento Neuropsicológico
Desenvolver habilidades musicais requer múltiplas funções cerebrais, tais como a função auditiva, para executar e apreciar a harmonia, ritmo, timbre, som, silêncio e demais propriedades sonoras; visual, na leitura de partituras, cifras e reconhecimento espacial do instrumento; e cognitivas, para tocar o instrumento. Dessa forma, a comunicação entre os dois lados do cérebro é estimulada, explicando assim a sua relação com o raciocínio e a matemática.
Habilidades de Liderança
O estudo de instrumentos musicais pode desenvolver habilidades de liderança nas crianças, justamente por trabalhar o equilíbrio, coordenação motora, autoconfiança, concentração elevada, e raciocínio mais ampliado. Essas habilidades ajudam a criança a melhorar seu desempenho também nos estudos escolares, e em seus relacionamentos sociais.
Enriquecimento Cultural
Ajuda a criança a conhecer a diversidade de estilos musicais que existem no mundo, além da história por trás de cada um deles. Põe o aluno em contato com diferentes culturas, países, épocas e lugares, ajudando a enxergar a música como forma de expressão de um momento ou grupo social.
Sensibilidade Emocional
Outro benefício, de extrema importância para o século da tecnologia, é que a música ajuda a trabalhar e desenvolver os sentimentos, ajudando a explorar e manifestá-los. Em um momento de individualismo e distanciamento, ter contato com seus sentimentos e compartilhar com os demais é essencial.
Apesar de todo o fascínio que a tecnologia dos celulares, computadores e videogames proporciona, a música é gregária, há troca e principalmente emoção. Ela é capaz de nos deixar em êxtase. Afinal, como diz o velho ditado popular: “quem canta seus males espanta”.
Fontes: Pensar Contemporâneo, Terra, Nova Escola, EBC
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