Saúde e equilíbrio

Transformar leite materno em pó. Uma pesquisa em desenvolvimento que ajudará a saúde dos bebês

Ao nascer, o melhor alimento que um bebê pode ter é o leite materno. Um alimento que já vem pronto e na temperatura certa!

O colostro é o leite que sai nos primeiros dias após o parto, ele é rico em importantes nutrientes que ajudam a fortalecer a imunidade e a proteger a criança de doenças comuns no primeiro ano de vida e na fase adulta.

Até os 6 meses, o bebê não precisa de nenhum outro alimento (chá, suco, água ou outro leite). Ele é de mais fácil digestão do que qualquer outro leite e funciona como uma vacina.

A amamentação favorece um contato mais íntimo entre a mãe e o bebê. Sugar o peito é um excelente exercício para o desenvolvimento da face da criança, ajuda a ter dentes bonitos, a desenvolver a fala e a ter uma boa respiração.

Além disso, há evidências de que o aleitamento materno contribui para o desenvolvimento cognitivo.

Mas apesar dos pediatras, nutricionistas falarem todas as vantagens da amamentação, cerca de 40% das crianças com idade até 6 meses são alimentadas exclusivamente com leite materno.

Nas regiões mais pobres, por incrível que possa parecer, os índices de amamentação apresenta um quadro satisfatório. Afinal, o leite materno é de graça, ao passo que nas regiões mais ricas, há outras opções como as papinhas industrializadas.

Leite materno em pó

Na Universidade Estadual de Maringá, a doutoranda em Ciência de Alimentos Vanessa Javera e o professor Jesui Vergilio Visentainer participam de uma pesquisa inédita no país: transformar leite materno em leite em pó.

Os resultados mostraram que esta pesquisa causará um impacto positivo do ponto de vista social, econômico e de sustentabilidade.

O método que eles desenvolveram consiste em pasteurizar o leite materno que chega congelado, desidratá-lo até virar pó.

A pesquisa revelou que os nutrientes foram preservados. Foto: Vanessa Javera / Acervo pessoal

Segundo Vanessa, a pasteurização se faz necessária para evitar a transmissão de doenças pelo leite doado. E o produto final mantém as mesmas propriedades nutritivas do produto original.

O leite materno sem pasteurização só pode ser consumido pelo filho da própria doadora.

O objetivo desta pesquisa é melhorar e otimizar o armazenamento, transporte e distribuição.

Conforme a pesquisa, o produto em pó é mais resistente à contaminação e o transporte pode ser feito de maneira mais simples e gera menos gastos.

Atualmente, os bancos de leite funcionam da seguinte forma: recolhem o leite materno congelado na casa das doadoras, armazenando-o em caixas térmicas num controle rigoroso de temperatura.

Ao chegar no banco de leite, ele passa por um processo de pasteurização e depois é levado aos hospitais para atender aos recém-nascidos internados.

Esta pesquisa recebeu o prêmio Péter Murányi que reconhece trabalhos inovadores para melhorar a qualidade de vida da população, mas ainda não tem um estudo de viabilidade do produto ser distribuído pelo SUS.

Fonte: G1, Ministério da Saúde

 

Revista Ecos da Paz

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