Saúde e equilíbrio

Por trás de uma enfermeira, uma inventora. Conheça algumas dessas criações

 

Na medicina, nem todas as grandes invenções foram feitas nos laboratórios, pelo contrário, foram pensadas bem ao lado dos pacientes e uma das profissionais que mais ajudaram a resolver os problemas práticos da rotina hospitalar foram as enfermeiras.

Então, vamos a elas!

Carrinho de emergência

carrinhos que agilizam o atendimento na emergência. Foto: shutterstock

Imaginem a cena: um paciente tem um ataque cardíaco e os médicos têm que se descolar com o doente até o desfibrilador. O risco de morte aumenta. Foi pensando nisso, que em 1968 a enfermeira Anita Dorr teve a ideia de um carrinho com desfibrilador, após observar a perda de tempo precioso que os médicos tinham neste deslocamento. Hoje os carrinhos de emergência não só incluem o desfibrilador, mas também muitas outras ferramentas e medicamentos.

Material codificado por cores

Os códigos de cor que ajudam a evitar erros médicos. Foto: Sutteratock

Até 2003, as agulhas, sondas e outros suprimentos médicos eram feitos de plástico transparente. Mas a enfermeira Teri Barton-Salinas e sua irmã Gail Barton-Hay decidiram implementar códigos de cores para ajudar a reduzir os erros médicos.

Durante uma emergência, enfermeiros e pessoal médico têm apenas segundos para identificar o material certo. Um erro pode ser fatal e não há tempo a perder. Graças aos códigos de cores das irmãs Barton, eles podem escolher visualmente o material conforme necessário.

Fototerapia neonatal

Fototerapia, uma prática comum nas maternidades de todo o mundo. Foto: Di-conexiones

Na década de 1950, a enfermeira de maternidade Jean Ward estava convencida de que o ar fresco e a luz solar ajudavam os bebês com icterícia a melhorar. Ele chegou a essa conclusão após ver que os bebês colocados perto da janela melhoravam muito. Isso levou ao uso da fototerapia como tratamento para a icterícia neonatal.

Óculos boné

Os óculos impedem que a fototerapia prejudique os olhos do bebê. Foto: A Republica

Durante o tratamento da fototerapia neonatal, as equipes médicas improvisavam proteções de olhos para bebês. Eles utilizavam gaze, fita e até algodão, mas esses materiais não eram adequados e podiam danificar a visão da criança.

Foi aí que Sharon Rogone, enfermeira de cuidados intensivos neonatais, criou uns óculos protetores ligados a um boné em 1990. Mais tarde, ela fundou sua própria empresa, Small Beginnings. Ela é especializada na invenção de material para o tratamento de bebês prematuros.

Frasco descartável

O frasco serve tanto para adaptar à mamadeira como também carregar leite. Foto: Babycenter

Esterilizar e preparar garrafas de bebê em unidades de maternidade era uma tarefa difícil. Se essa tarefa não fosse bem executada, poderia levar a doenças nos recém-nascidos. Para evitar isso, a enfermeira Adda May Allen criou um revestimento descartável em 1940. Ele poderia ser jogado fora pelas mães depois de um único uso e evitava a proliferação de doenças.

Tubo de alimentação semiautônomo

Um dispositivo que trouxe certa autonomia aos doentes. Foto: Black Then

Os milhares de soldados amputados na Segunda Guerra Mundial não podiam comer de forma independente até que a enfermeira Bessie Blount Griffin inventou esse tubo de alimentação. Sua criação permitia carregar comida no tubo e deixar que os pacientes se alimentassem a seu ritmo, ganhando alguma autonomia.

Bolsa de colostomia

A bolsa se tornou peça indispensável no tratamento de câncer do aparelho digestivo. Foto: Shutterstock

Até 1954, os pacientes operados ao câncer de cólon tinham que evacuar diretamente pelo abdômen. Quando Thora Sorensen sofreu dessa doença, sua irmã mais velha, a enfermeira dinamarquesa Elise, decidiu fazer algo para melhorar sua qualidade de vida. Assim, nasceu a bolsa de colostomia, uma solução descartável que adere completamente ao abdômen evitando vazamentos desagradáveis.

Compressa moderna e tampão absorvente
As enfermeiras perceberam o grau de absorção do algodão e passaram a usá-lo durante a menstruação. Foto: Shutterstock

Não é uma invenção de uma enfermeira, mas o uso deste material pelos enfermeiros da primeira guerra mundial resultou no seu uso comercial. Na primeira grande guerra, o algodão era um recurso escasso. Então, a empresa Kimberly-Clark optou por inventar em 1917 uma alternativa altamente absorvente baseada em plantas com propriedades antimicrobianas para cuidar das feridas no campo de batalha.

Seu poder absorvente era tal que as enfermeiras começaram a usá-lo como uma compressa em seus turnos intermináveis. Após a guerra e sabendo o seu novo uso, a empresa decidiu criar o Kotex, o início da compressa moderna e do tampão absorvente.

Fonte: La Voz del Muro

Revista Ecos da Paz

Viver em harmonia é possível quando abrimos o coração e a mente para empatia e o amor.

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