No Egito antigo o Deus Rá, o Deus do Sol, foi uma das divindades mais importantes e o país segue fazendo jus à este poder divino aproveitando seus recursos para gerar energia através de seu potencial de energia renovável. Com a nova usina solar Benban, o Egito gerará uma redução nas emissões de carbono em quase dois milhões de toneladas.
A usina começou a operar parcialmente em 2017 e fica na região leste do deserto do Saara. A escolha do local não foi aleatória, deve-se às condições climáticas favoráveis, pois, nesta região a temperatura chega à 50º C. Apesar deste cenário ideal, a proximidade com o Saara obrigou a instalação de proteções mecânicas contra a poeira típica do deserto.
A planta consiste em 40 parcelas separadas, mas que são conectadas à rede de alta tensão no Egito, para isso foi criado quatro novas sub-estações. Estas quatro subestações também serão conectadas a uma linha existente de 220 Kv.
O principal objetivo da nova estação é gerar entre 1,5 e 2,0 GW de energia solar no início do ano 2020.
O financiamento do Benban Solar Park foi garantido por um seguro de “risco político” num valor superior a 200 milhões de dólares através da Agência Multilateral de Garantia de Investimentos (MIGA), além disso, o International Finance Corporation e um consórcio de nove entidades bancárias internacionais vão fornecer um financiamento que ronda os 650 milhões de dólares de forma a financiar a construção de 13 centrais de energia solar fotovoltaicas. Estas centrais solares irão unir-se a outros 19 parques solares para formar o projeto Benban Solar Park.
Os valores de financiamento do Benban Solar Park representam o maior pacote de financiamento do setor privado para uma central solar fotovoltaica ao nível do Médio Oriente e Norte de África. Este mega projeto solar possui uma relevante importância para o setor das energias renováveis egípcio e os valores totais necessários para a construção serão na ordem dos 825 milhões de dólares.
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