A lavanda (Lavandula angustifolia) é uma planta medicinal muito popular no mundo inteiro. Inclui as espécies Lavandula officinalis, Lavandula vera e Lavandula viridis. Pertence à família Lamiaceae.
A planta é um sedativo natural que pode ajudar com ansiedade, estresse, tensão, cansaço, irritabilidade e insônia. É frequentemente usada em tratamentos de depressão, pois tem efeitos mais imediatos em comparação à muitos dos antidepressivos tônicos de ação mais lenta. É um remédio tradicional para dores de cabeça, podendo-se usá-la através da ingestão de chá, ou de forma tópica esfregando um óleo essencial nas têmporas. Por ser ligeiramente amarga, muitas pessoas a usam como um estimulante hepático e biliar.
Outras propriedades muito comuns da lavanda são auxiliares no tratamento de acne, asma, celulite, cicatrizes, cólica, eczemas, edemas, fadiga, dor de dente, dores comuns, halitose, infecções em geral, queimaduras, reumatismo, sarna, tosse, vertigem e infecções vaginais, e pode ser usada como analgésico, antibacteriano, antiespasmódico, antifúngico, anti-inflamatório, antisséptico, carminativo, diurético, sedativo e tônico digestivo. Sendo uma erva segura, para crianças e idosos, pode ser usada no tratamento de gases, síndrome do intestino irritável e náuseas.
A lavanda também demonstra ótimos resultados contra a difteria, febre tifoide, pneumonia, estafilococo, estreptococo e muitas variações do vírus da gripe, e na medicina alternativa, o liquido é usado para limpeza bucal. Na aromaterapia, é colocado uma gota do óleo essencial da lavanda na extremidade do colchão de crianças para acalmarem-nas. Pode ser usada em sabões, sachês e ervas de banho. O óleo de massagem pode melhorar músculos doloridos, edema, reumatismo e celulite. Usada como pomada para eczema. É frequentemente acrescentada à fórmulas de perfumes.
O óleo essencial ou a planta fresca podem ser esfregados no corpo, servindo como repelente. Pode ser usado topicamente em mordidas venenosas como picadas de abelha, mosquitos, aranha viúva-negra e aranhas-marrons, vespas e cobras. A lavanda é composta de óleo essencial (linalol, eucaliptol, geraniol, limoneno, cineol), taninos, cumarinas, flavonoides e triterpenoides.
Na culinária, a lavanda é acrescentada em pequenas quantidades a sopas e guisados na cozinha francesa. É um ingrediente do prato “Herbes de Provence” (Ervas de Provença), uma mistura de ervas aromáticas proveniente de Provença, região localizada no sul da França. Pequenas quantidades podem ser acrescentadas em saladas e massas. Existe a possibilidade de confeitar doces como bolos e sorvetes fazendo uso da lavanda.
Não há nenhum efeito conhecido, embora seu uso como tônico possa ser por vezes inadequado.
O nome comum e científico da lavanda é derivado do latim “lavare“, que significa “lavar”, vez que era (e ainda é) acrescentada a banhos por suas propriedades terapêuticas e sua fragrância encantadora. A Lavandula angustifolia, muitas vezes chamada lavanda-inglesa (embora seja nativa do Mediterrâneo), é a espécie mais comum cultivada e utilizada medicinalmente. O nome da espécie, angustifolia, significa “folha estreita.
Existem poucos aromas que evoquem a sensação de limpeza, como no caso da lavanda. Era uma popular erva de linho na Europa, devido ao seu aroma agradável, mas também por possuir qualidades antissépticas e ajudar a manter longe os insetos. Eliminar insetos foi primordial antes da invenção de janelas e telas de vidro, em momentos onde os seres humanos muitas vezes compartilhavam o mesmo teto com gado repleto de pulgas e piolhos.
Na América, as flores secas de lavanda ainda são muito usadas para perfumar linho, e seu odor potente e aromático atua como na prevenção de ataques de mariposas e outros insetos. Antes da Segunda Guerra Mundial, a lavanda era usada como antisséptico para feridas e como método para livrar o corpo de parasitas. Era popular durante a Idade Média e utilizada como um ingrediente dentro de sachês para afastar traças e outros bichos que acometiam as roupas. Era queimada em quartos com enfermos durante a epidemia de Peste Bubônica para prevenir que a doença se espalhasse. Já foi usada para dar cheio ao couro.
Fonte: Medicina Alternativa.
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