Tubérculo peludo, arredondado e originário da África, o inhame se espalhou pelo mundo e tem propriedades nutritivas e medicinais muito maiores do que a tradicional batata inglesa.
Aqui no Brasil, o seu uso se misturou à cultura indígena e à africana. E quanto ao seu consumo, ele sempre foi negligenciado, pois sempre esteve associado às comunidades de baixa renda e à imagem da pobreza.
Não é uma “cultura nobre”, apesar dos vários estudos sobre os seus benefícios para a nossa saúde.
Ao introduzi-lo na dieta, ganha-se um anti-inflamatório natural poderoso. Ele é capaz de retirar as impurezas do sangue através da pele, dos rins e dos intestinos.
A medicina chinesa recomenda o consumo deste alimento para fortificar os gânglios linfáticos.
E aí vão duas curiosidades: estes gânglios tem a mesma forma do inhame e a outra é que para se combater a sífilis no início de século 20, bebia-se “elixir de inhame”.
Sistema imunológico forte
Ele tem boas quantidades de vitamina C, complexo B, que são vitaminas essenciais para o bom funcionamento do corpo e também para a ação do sistema imunológico. São antioxidantes que também ajudam na prevenção do câncer.
Estudos sobre malária, dengue e febre amarela provaram que o seu consumo permite ao corpo humano reagir neutralizando os agentes causadores desta doenças, quando se é vítima dos mosquitos transmissores.
Aldeias inteiras já sucumbiram à estas doenças quando substituíram o inhame por outras culturas.
Nutricionistas o recomendam para pacientes com anemia devido ao seu teor de ferro. E se as mulheres o consumirem, sentirão a redução da irritabilidade da TPM graças aos carboidratos e a vitamina B6, que ajudam na produção da serotonina.
Ele é rico em potássio, mineral fundamental para o controle da pressão arterial dos hipertensos. Além de conter vitamina B6, um nutriente que reduz os níveis de homocisteína, aminoácido encontrado nas vítimas de infarto.
Alimento multiuso
Muitos confundem o inhame com o cará. Este último é bem maior, mais comprido e com menos pelos. O inhame, ao contrário, é menor, formato arredondado e mais peludo.
Pode-se preparar o inhame de diversas maneiras: cozido, frito, no vapor e assado, só não pode consumi-lo cru porque pode elevar seu potencial alergênico.
Para os alérgicos à lactose e a ovos, o inhame substitui estes ingredientes perfeitamente. É o leite vegetal.
Basta deixar um inhame médio descascado e picado de molho na água por pelo menos 4 horas ou se possível, 8 horas. Jogue a água fora e bata-o no liquidificador com água filtrada. A quantidade de água é proporcional a textura que você queira dar ao leite.
Com relação aos ovos, faça um purê de inhame cozido na água. Uma colher de sopa deste purê equivale à um ovo.
Em casos de machucados na pele e torções musculares, fazer um emplastro de inhame cozido ajuda a “puxar tudo” para fora com seu poder desinflamatório. O inhame crú pode dar alergia.
Em caso de retirada de um tumor, vale a pena usar o emplastro de inhame uma semana antes da cirurgia, que é para concentrar toda a massa tumoral e assim facilitar a retirada.
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