Ecologia e sustentabilidade

Estudantes da UFRJ criam uma embalagem que evita o consumo impróprio e o desperdício de alimentos

 

Quantas vezes não pegamos algum produto esquecido na prateleira da dispensa, cuja a validade está vencida há alguns meses e achamos que podemos consumir?

Para evitar intoxicação alimentar e também o desperdício de alimentos, um grupo de alunos da UFRJ criou o Plasticor, que é uma embalagem que muda de cor e indica se o alimento está próprio ou não para o consumo.

Além disso, o material é biodegradável e está sendo desenvolvido pela startup formada por seis alunos e ex-alunos de diferentes cursos da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Através da coloração esverdeada ou rosada, a embalagem indica se a comida (perecível) está estragada.

Há um ano, ele começou a ser desenvolvido após o grupo ter participado do Hackathon, evento de empreendedorismo realizado por alunos da UFRJ e pelo Sebrae, no campus Xerém, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense no estado do Rio de Janeiro.

— Fomos premiados como melhor projeto de sustentabilidade na área de alimentos e ganhamos a consultoria do Sebrae. A ideia é internacionalizar o projeto do bioplástico, que é biodegradável e inteligente — explica Lorena Ballerini, do curso de Nanotecnologia.

Além dela, estão na startup três alunos da graduação de Nanotecnologia, Biofísica e Biotecnologia, um doutorando de Nanotecnologia, todos do campus Xerém, e um ex-aluno do curso de Design, do campus da Ilha do Fundão.

Grande expectativa

O Plasticor vai poder funcionar de duas maneiras: embalando produtos para venda ou em fitas para que o cliente possa conferir se ele ainda pode ser consumido. Entre os apoiadores, a startup tem o Sindicato de Alimentos da Baixada Fluminense (Simapan), que tem mais de cinco mil empresas associadas. Entre elas, mais de 2.350 padarias na região.

— Os empresários procuraram o sindicato porque os produtos estavam se deteriorando nas prateleiras. O sindicato está se comprometendo a encaminhar a demanda de vários setores. A expectativa é muito grande — ressaltou o presidente do Simapan, Henrique Seita.

O sindicato está ajudando no contato com equipe de pesquisa e produção com padarias da região. Outro ponto destacado por Henrique é a questão do desperdício de alimentos que, segundo ele, poderá ser reduzido em até 80%:

— Essa indicação por meio da cor, inclusive, vai evitar que se perca produtos por causa da validade. O empresário vai conseguir observar o real estado do produto com mais facilidade e, se for o caso, pode fazer uma promoção, por exemplo, para acelerar a venda e evitar que o alimento tenha que ser descartado.

Fonte: Jornal Extra

Revista Ecos da Paz

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