Em pleno século 21 o preconceito se mostra mais arraigado do que nunca na sociedade brasileira. Se para as mulheres a máxima “tem que ganhar menos porque engravida, fica sem produzir por alguns meses, falta por causa dos filhos, etc, etc… imaginem para as lésbicas?
Pensando nisso é que a jornalista mineira Maira Reis fundou a Camaleao.co, que faz a ponte entre empresas e um banco de currículos de pessoas gays, lésbicas, bissexuais, travestis, transgêneros e outros.
De acordo com o Relatório LGBT 2030, realizado pela consultoria Outnow, o Brasil tem 9,5 milhões de brasileiros que se encaixam nesta gama de identidade de gênero e orientações sexuais.
Apesar deste público que consome, que paga tributos, o mercado de trabalho tem preconceito. Segundo a consultoria de engajamento Santo Caos, 17% não contrataria estas pessoas para cargo de chefia.
Desde 2015 Maira é é influente na rede social profissional Linked in e percebeu durante um período que tinha cerca de 30 currículos de profissionais que são LGBTQ+
Ela criou um banco de talentos plural, calcado na diversidade e começou a espalhá-los para recrutadores. Uma rede de hotel contratou uma trans através desta ponte que Maira fez. Isto validou a criação da startup.
Atualmente a Camaleoa.co tem mais de 1000 currículos cadastrados e a criação de um aplicativo está em andamento. Este aplicativo está sendo criado por cinco mulheres, três delas lésbicas.
Pink money
A Global Enterpreneurship Monitor 2017/2018 descobriu que no mundo as mulheres são responsáveis por 51% dos novos negócios abertos, quer dizer que no universo das startup, a mulherada, incluindo as LGBTQ+ estão em alta.
Para Nanny Mathias, idealizadora do Festival Feira Colorida, que reuniu empreendedores deste segmento, diz que os novos empreendimentos ajudam a quebrar os esteriótipos em relação à incapacidade das lésbicas.
Após sofrer assédio de chefes e de perder oportunidades de emprego por conta de sua escolha sexual, Nanny resolveu empreender e em 2017 criou a marca Love Pride que vende camisetas com temáticas de diversidade sexual com o apoio da sua mulher Isabelly Rossi.
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