Cultura

Disfunção neurológica promovendo arte

Geralmente os pintores criam suas telas a partir do que veem, mas a artista americana Melissa McCracken pinta os sons que escuta. Isto se chama sinestesia, quando associamos em algum momento de maneira involuntária os estímulos de um sentido a outro, mas para ela que tem uma disfunção neurológica, isto acontece sempre. De acordo com a neurocientista da UFRJ Suzana Herculano-Houzel já foram catalogadas 61 tipos de sinestesia, mas as causas são desconhecidas, sabe-se apenas que a genética têm influência sobre a disfunção.

As sinestesias mais comuns são: emoções cheirosas; cheiros barulhentos; em que um simples perfume pode fazer a pessoa ouvir coisas literalmente e sons coloridos. No mundo do rock o vocalista Eddie van Halen, da banda Van Halen usou o dom de ver notas musicais coloridas para criar a “nota marrom” nos discos da banda.

No caso de Melissa ela só percebeu que as outras pessoas não viam as cores dos sons quando tinha 16 anos. Até então, ela achava que isso era algo tão óbvio que nunca havia perguntado a ninguém sobre o assunto. A descoberta da disfunção aconteceu quando ela tentava escolher uma “música laranja” pro seu celular e isto chamou a atenção de um colega e da psicóloga da escola.

Já que “sons coloridos” eram uma constante em sua vida, Melissa decidiu abraçar o gênero abstrato da pintura. Ela começou a “pintar músicas” que remetiam à boas lembranças da sua vida e prefere músicas com muitos instrumentos, as pinturas saem mais coloridas e o gênero de música que ela jamais pinta é o country, segundo ela estas músicas são de um entediante marrom. E uma curiosidade: como ela pintaria um samba?

* Com informações de Hypeness, Super Interessante e Vice.

Revista Ecos da Paz

Viver em harmonia é possível quando abrimos o coração e a mente para empatia e o amor.

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