Saúde e equilíbrio

Cosmético vegano: cuidando da beleza e preservando a floresta

 

O veganismo não se restringe mais à culinária, esta “filosofia” também entrou no mundo dos cosméticos trazendo o conceito slow beauty.

Na vila balneária de Alter do Chão, a cerca de 37 km de distância do município de Santarém, no Pará acaba de ganhar a primeira loja de cosméticos 100% veganos da região, a Ekilibre Amazônia.

Uma empresa genuinamente paraense que busca na natureza os ingredientes necessários para cuidar da beleza e preservando a floresta. Não há testes em animais e não utiliza nenhuma substância sintética na confecção dos produtos. Uma alternativa ecologicamente viável e ao alcance de todos.

A praia de Alter do Chão foi o local escolhido pelo fundador, Kairos Canavarro, por possuir o maior aquífero do mundo. “Nossos produtos são puros, concentrados, cruelty free e veganos. Quando idealizei a Ekilibre pensei num lugar com água pura e potável e então Alter do Chão preencheu esse requisito”, explica. Logo que marca nasceu, muito antes do rótulo vegano e dos demais produtos, Kairos e sua ex-esposa produziam sabonetes artesanais e vendiam na praça de alter. Tudo bonitinho, embaladinho e dentro de uma cestinha de mão: Resultado: “foi um sucesso”, lembra Canavarro.

A Ekilibre Amazônia surgiu há sete anos em Alter e as vendas eram feitas através do site  até hoje continua no ar vendendo para todo o Brasil (www.ekilibreamazonia.com e no instagram: @ekilibreamazonia). Agora Kairos vende também pela loja física.

De acordo com uma pesquisa realizada pela Universidade Estadual Paulista (UNESP) o mercado de produtos de beleza natural é o que mais cresce no Brasil e o consumo no mundo também está aumentando entre 8% e 25% ao ano, acima do crescimento das fórmulas tradicionais, segundo pesquisa do Laboratório de Química da Unesp.

A floresta é a fornecedora da matéria-prima

Todos os insumos utilizados na fabricação dos cosméticos da Ekilibre vêm da floresta. Os óleos vegetais de buriti, castanha-do-pará, pracaxi, andiroba, copaíba, açaí, manteigas de murumuru, cupuaçu e bacuri são extraídos de produtores que vivem em comunidades ribeirinhas, bem como quilombolas, assentados e cooperativas. Todo o processo de produção é feito de maneira sustentável, rastreável no seio da floresta Amazônica, dos estados do Acre, Rondônia, Pará e Roraima.

Os principais benefícios dos itens produzidos pela Ekilibre Amazônia são: a alta eficácia devido à pureza e às formulações simples, sem adição de substâncias nocivas ao homem e meio ambiente.

O consumidor deve ficar atento aos rótulos disponíveis no mercado. Nem todo produto orgânico é vegano. Há muitos produtos que se dizem “veganos”, porém utilizam muitos ingredientes sintéticos de baixo custo, acompanhados também de péssima qualidade. “Muitas utilizam o rótulo vegano para atrair clientes, mas não trazem compromisso com qualidade de resultado, meio ambiente e compromisso socioeconômico”, alerta o fundador da Ekilibre Amazônia

O que é Slow Beauty?

O conceito “slow beauty” nasceu nos Estados Unidos e de uns anos pra cá tem conquistado o publico feminino brasileiro. A proposta se baseia em diminuir o uso de cosméticos industrializados e dar mais atenção à procedência dos produtos (se é ecologicamente viável, não agride o meio ambiente, etc) e incluir bem estar e saúde na rotina de cuidados com a pele.

A empresa tem o compromisso fornecer produtos de qualidade da forma mais natural possível sem uso de silicones, chumbos, metais pesados e com resultados garantidos. “Menos é Mais” é o que prega filosofia slow beauty.

O embaixador da Ekilbre Amazônia defende o estilo de vida proposto pelo movimento slow beauty e incentiva o consumo consciente. Afinal cuidar da beleza, querer minimizar os impactos da idade na pele e no corpo, reparar algumas imperfeições é algo natural, não deve ser uma guerra contra os sinais (naturais) do tempo. “Temos que diminuir o tamanho da nécessaire, menos é mais. Menos lixo resíduos despejados nas águas, menos embalagens”, sugere Kairos Canavarro.

A professora universitária Juliana Martins é adepta do veganismo e um dos motivos para que ela aderisse à filosofia é pelo fato de que os produtos naturais não sacrificam animais, isso foi um fator determinante para que ela abandonasse os cosméticos tradicionais. “Para mim sempre foi uma prioridade optar por usar produtos de empresas cruelty free. Os animais são seres vivos, sentem dor, passam frio, fome sede”, explica.

Outro ponto levantado pela professora diz respeito ao impacto ambiental que a indústria cosmética gera, contamina e desperdiça água, despeja na natureza milhões de produtos tóxicos. “A química por trás da beleza não gera benefício algum. Não vale a pena trocar a saúde do planeta em prol de milhões de produtos com substâncias nocivas. A gente pode ter todo arsenal de cosméticos a partir de uma linha de produção vegana, é sustentável, ético e de baixíssimo impacto ambiental”, pondera Martins.

Fonte: Revista Plurale

 

Revista Ecos da Paz

Viver em harmonia é possível quando abrimos o coração e a mente para empatia e o amor.

Share
Published by
Revista Ecos da Paz

Recent Posts

Quem você chama de herói?

Ler não é simplesmente decodificar palavras, mas também interpretá-las. Aquele que consegue ler a sua…

3 anos ago

A viagem interior de Cecília Meireles em 7 poemas

Cecília Meireles nasceu no comecinho do século 20, em 7 de novembro de 1901. Apesar…

3 anos ago

“Uma trégua para a alegria” – uma boa reflexão de Lya Luft

Realmente não temos tido bons motivos para rir e listar esses motivos não é necessário,…

3 anos ago

Reality shows não são mais os mesmos

Especialistas em comunicação afirmam que a Europa Ocidental e Estados Unidos já conheciam reality shows…

3 anos ago

O Brasil também teve Holocausto

O dicionário Priberam online define a palavra Holocausto como: [ RELIGIÃO] Sacrifício em que a…

3 anos ago

Beldroega, uma PANC no combate à Diabetes

Portulaca oleracea, mais conhecida como Beldroega. Ninguém dá nada por ela, chamam de mato, erva…

3 anos ago