Na Itália, os pesquisadores do Instituto do Câncer de Emília-Romanha criaram uma molécula para impedir a metástase (proliferação das células cancerígenas) do câncer de mama.
O trabalho começou em 2012 e contou com a parceria do American Methodist Hospital Research Institute de Houston.
As equipes conseguiram decifrar a “linguagem” que existe na molécula, entre as células cancerosas e o microambiente que as acolhe e com isso, bloquear os processos de expansão de tumores.
Em testes laboratoriais o anticorpo deu resultados promissores.
Foto: Universidade de Roma
O processo de criação da molécula
Ela foi criada em laboratório por meio de sofisticadas técnicas de engenharia biomédica. Esta nova molécula nanotecnológica é equipada com um fármaco anticâncer já utilizado na clínica e um anticorpo que quando intervém no microambiente tumoral, pode permitir o tratamento do tumor interrompendo seu processo de crescimento.
Essa nova molécula é o resultado da descoberta do papel de uma proteína específica na disseminação do tumor, baseada num novo modelo tridimensional útil para imitar, em laboratório, o que acontece no corpo.
Segundo o Dr. Toni Ibrahim, o objetivo é verificar a capacidade farmacológica e os resultados obtidos na fase pré-clínica também no paciente, de forma a traduzi-los o mais rapidamente possível, nas vias de tratamento .
Os testes laboratoriais demonstraram o grande potencial deste novo anticorpo.
“Partimos deste excelente resultado para iniciar um processo de confirmação da capacidade deste nanossistema de exercer a sua atividade farmacológica também na clínica em pacientes.”- afirmou o pesquisador.
O número de casos no Brasil
De acordo com os dados pesquisados pelo INCA (Instituto Nacional do Câncer), o aumento de casos de câncer de mama no Brasil segue a tendência mundial, com cerca de 66.280 novos casos para cada ano entre 2020-2022.
É sabido que quanto mais precoce for a identificação e localização do câncer, mais brandos os tratamentos e maiores as chances de cura.
Apesar do incentivo ao rastreamento e diagnóstico precoce, o Brasil ainda se encontra com altas taxas de diagnóstico em estágios avançados. Atualmente, o SUS teve altos índices de diagnósticos nas fases 2 e 3 da doença.
Segundo a plataforma online, Observatório de Oncologia, entre 2012 a 2019, houve um aumento bem pequeno do número de centros de tratamento de câncer: de 303 passou a ter 316.
Além disso, o Observatório detectou uma grande desigualdade entre as regiões do país.
Os estados que possuem apenas 1 centro de tratamento para a neoplasia são também os com menor número de pacientes que realizaram procedimentos de quimioterapia e/ou hormonioterapia no SUS, em 2019: Amapá (156), Roraima (205) e Acre (306).
O inverso também é verdadeiro. Os estados com mais centros de tratamento para a doença – SP (73), MG (35) e RS (30) – também são os com maior número de pacientes que realizaram procedimentos de quimioterapia e/ou hormonioterapia no SUS, em 2019: São Paulo (50.721), Minas Gerais (22.795) e Rio Grande do Sul (20.095).
A plataforma tem vários gráficos que mostram a realidade da doença no Brasil e o quanto precisa investir em políticas públicas para diminuir o número de casos.
Foto: Andrea Piacquadio no Pexels
Fonte: IRST, Observatório de Oncologia
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