Como se não bastassem os despejos de esgoto, os rejeitos químicos e industriais, a poluição dos mares por plástico pode deixar esta conta ainda mais salgada! Segundo cientistas, o custo deste “descuido” pago por todos os países ultrapassa US$ 2,5 trilhões.
A poluição marinha é um problema transfronteiriço. Objetos plásticos levam mais de 400 anos para se decompor e viajam nas correntes oceânicas colocando em risco os ecossistemas e a vida marinha.
Os oceanos são uma fonte de produção de oxigênio, fornecem alimentos, além de contribuir para o bem-estar mental dos indivíduos, pois nada mais relaxante que sentar numa praia e olhar o mar. Só que ultimamente o cenário tem sido desolador.
Uma compreensão sólida do impacto ecológico, social e econômico do plástico é essencial para fornecer subsídios para uma negociação global eficaz em relação ao uso, manejo e descarte sustentável, defendem os pesquisadores e ambientalistas.
Segundo a WWF (World Wild Foundation), 90% das aves marinhas têm fragmentos de plástico em seus estômagos e os microplásticos já entraram na nossa cadeia alimentar e também estão presentes no ar, no solo e na água. Sem mudanças sistemáticas urgentes na forma como o plástico é produzido, consumido e eliminado, a poluição do plástico deverá dobrar até 2030 e até 2050 haverá mais plásticos que peixes nos oceanos.
Em busca de soluções
Depois de ter vendido 7 milhões de chinelos feitos de plásticos retirados dos oceanos. A empresa alemã Adidas investe na fabricação do seu tênis ecológico. A ideia começou no ano de 2015 quando a empresa fez uma parceria com o grupo ambientalista “Parley for the oceans”.
Com 11 garrafas pet faz-se um par de tênis de alta qualidade totalmente ecológico em que todas as partes do calçado são feitas de plástico reciclado. Além desta criação, a empresa aboliu desde 2016 as sacolas plásticas nas suas 2900 lojas espalhadas pelo mundo. O objetivo da ação era reduzir o uso destas sacolas em 70 milhões por ano optando pelos sacos de papel.
Em 2017 quase 6 milhões de garrafas plásticas foram usadas para criar 1 milhão de “tênis ecológicos”, produzindo 3 modelos diferentes.
Até 2020, a Adidas planeja produzir todos os seus produtos com plástico retirado dos oceanos. Além da seção de calçados, eles também produzem roupas com plástico reciclado.
As camisetas usadas pelo Bayer de Munique ou pelo Manchester United na famosa Champions League são feitas deste material.
«Nossa meta para este ano é produzir mais de 7 milhões de pares de calçados e estamos no caminho certo» – Comentou Eric Liedtke – Membro do conselho executivo da Adidas
Ações que fazem a diferença
Solucionar de maneira eficaz este problema monumental requer um aporte de investimento considerável, fator irrelevante para o bilionário norueguês Kjell Inge Rokke, que está construindo o maior navio de expedição e pesquisa do mundo, cujo objetivo é limpar os oceanos levando as toneladas de plásticos para pesquisadores de vários países para estudar como preservar a vida marinha. Kjell é dono de quase 67% da frota marítima e dos negócios de exploração petrolífera offshore do conglomerado financeiro Aker Asa.
O navio terá 180 metros com capacidade para recolher 5 toneladas de plástico diariamente, além de contar com laboratórios, veículos subaquáticos e drones. O bilionário espera que sua embarcação comece a operar em 2021. Esta foi a maneira que o magnata encontrou de retribuir por toda a fortuna que conseguiu no mercado de offshore.
Apesar de ser bem menos afortunado, o jovem holandês Boyan Slat, encontrou numa vaquinha virtual a oportunidade de arrecadar US$ 2 milhões para montar barreiras flutuantes, que durante 10 anos limparão metade do oceano pacífico. Estas barreiras bloquearão o lixo levado pelas correntes marítimas. Slat teve esta ideia ao mergulhar numa praia da Grécia em que tinha mais plásticos que peixes.
Em um experimento com um protótipo, o sistema flutuante recolheu plásticos em até três metros de profundidade e coletou uma quantidade pequena de zooplânctons, que auxilia a reciclagem do plástico.
O conceito de Slat usa as correntes oceânicas naturais e ventos para transportar naturalmente os plástico para uma plataforma de coleta. Em vez de usar redes e embarcações para remover o plástico da água, barreiras flutuantes sólidas são usados para fazer o entrelaçamento.
A iniciativa tem apoio de mais de 100 pesquisadores e ambientalistas, com a meta de remover 65 metros cúbicos de lixo por dia.
Independente da condição econômica, cada um pode fazer a sua parte reduzindo ao máximo o uso do plástico em suas vidas. Levar uma caneca ou um copo para beber água, etc no trabalho já é um bom começo.
Fontes: WWF, Boa Notícia, O Globo, Curiosidades da Terra.
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