Médicos que adotam uma visão integral dos seus pacientes (corpo, mente e espírito) costumam ser categóricos em dizer: “Qualquer tratamento que atuar apenas na consequência e não na causa da doença, está incompleto.”
Carlos Durgante, membro da Associação Médica Espírita Brasileira, afirma que a ciência já consegue explicar que o desequilíbrio emocional é o principal causador das doenças que conhecemos.
A medicina psicossomática, que é a integração das diversas especialidades da medicina com a psicologia, estuda os efeitos dos fatores sociais sobre o corpo. E ao longo do tempo, a psique humana começou a ocupar um espaço importante no binômio saúde-doença.
No século 20, ao final da década de 90, psicofarmacologistas americanos reforçaram a tese de que os pensamentos gerados pelos sentimentos são forças que podem adoecer o corpo e agravar doenças. Existe uma biologia dos sentimentos que se processa pela ação de moléculas que circulam pelo corpo humano, as chamadas moléculas da emoção.
Como isto funciona?
Além de germes, fungos, bactérias e traumas físicos, o desequilíbrio emocional e relacionamentos tóxicos podem acarretar doenças também.
Estudos dos psicofarmacologistas comprovaram que nossas células são constantemente bombardeadas por sentimentos e emoções que nutrimos e de acordo com cada pessoa, elas geram os estados de saúde ou de doença.
Os estados emocionais felizes ou infelizes da nossa alma são transferidos à estrutura mental das células no interior dos órgãos vinculados.
A mente e o corpo estão interconectados por um eixo chamado de HHA (Hipotálamo-Hipófise-Adrenal). Este eixo exerce ações diversas sobre as células e os sistemas do corpo humano por comando mental. Essa interação desempenha um papel em muitas doenças como as infecções, doenças neurológicas, reumatológicas, autoimunes, cardíacas e desordens psiquiátricas, além de vários tipos de câncer.
Agindo sobre o DNA
Os genes por si só não influenciam tanto assim a origem das doenças para a decepção dos pesquisadores do Projeto Genoma na década de 90.
Contudo abriu-se uma frente de estudos sobre Epigenética que significa que há uma dinâmica que determina a expressão dos genes, ou seja, os fatores envolvidos na ativação dos genes, vão além deles próprios, incluindo o poder da mente (sentimentos e emoções).
Os estados mentais dos indivíduos, o estilo de vida e a espiritualidade, influenciam enormemente a expressão dos genes de nosso DNA, ativando ou desativando suas funções, como um interruptor de luz liga-desliga.
Segundo Carlos Durgante, é claro que trazemos predisposições em nosso código genético para essa ou aquela doença. Elas se manifestarão, ou não, no corpo físico muito mais devido ao padrão dos sentimentos e emoções que qualquer outro fator.
A espiritualidade na formação do médico
Nas últimas quatro décadas, as revistas médicas têm publicado um grande número de estudos sobre a espiritualidade na saúde, além disso, as faculdades de medicina tem incluído o tema na grade curricular.
O cientista que coordenou o Genoma Humano, Francis Collins, muitos anos depois dos resultados do projeto, afirmou que uma das necessidades mais fortes da humanidade é encontrar respostas para as questões mais profundas e temos de apanhar todo o poder de ambas as perspectivas, a científica e a religiosa para buscar a compreensão tanto do que vemos, como do que não vemos.
As doenças da alma
Elas são originárias dos sentimentos negativos que nutrimos como o egoísmo, materialismo, falta de perdão, falta de empatia, pessimismo, rancor, entre outros.
Geralmente estes sentimentos causam transtornos de ansiedade, transtorno depressivo maior, psicopatias, bem como as dependências químicas e, mais recentemente, a dependência digitais.
Mesmo com todo o avanço da ciência, os médicos têm percebido que seus pacientes se tornaram refratários aos medicamentos. “Frequentemente, a causa primordial da enfermidade corporal é o sofrimento psíquico, o reflexo da alma doente, que segue sendo relegada a uma importância secundária.”- afirma Durgante.
Para ele, é primordial que as pessoas melhorem seu padrão vibracional através de práticas integrativas e complementares. Essas práticas ativam regiões no cérebro que estão relacionadas ao prazer e à satisfação, liberando cargas maiores de dopamina.
Esta substância vai se espalhando pelo corpo todo resultando em uma contagiante sensação de bem-estar, de paz e de serenidade. Estudos têm evidenciado que pessoas mais altruístas e voluntárias têm mais satisfação na vida, menos distúrbios mentais e menor mortalidade em geral.
Fonte: Revista Servioeste