Quando o verão chega, a preocupação com os mosquitos aumenta, principalmente com o aedes egypti, transmissor da dengue, zika e chikungunha. De acordo com o Ministério da Saúde, em abril de 2019, quase mil cidades apresentaram um alto índice dessas doenças.

Para monitoramento do mosquito, o Ministério da Saúde dispõe do LIRAa (Levantamento Rápido de Índices de Infestação pelo Aedes Egypti) que é uma ferramenta fundamental de controle.

Com base nas informações coletadas, o gestor pode identificar os bairros onde estão concentrados os focos de reprodução e o tipo de criadouro predominante. Desta maneira, os municípios podem montar as estratégias de combate ao mosquito

Bactéria Wolbachia

A bactéria Wolbachia está em 70% dos insetos e desde 2006 tem sido estudada no Brasil. O trabalho começou desde que pesquisadores australianos descobriram que esta bactéria impede  o vírus da dengue, zika e chikungunha de se desenvolver no mosquito, assim ele perde a capacidade de transmitir a doença.

A Fiocruz tem uma imensa colônia de aedes vacinados com Wolbachia. Esta colônia está em salas com  clima quente e úmido, o que favorece a procriação. Machos e fêmeas compõem as matrizes que geram os mosquitos que serão soltos no ambiente.

Em 2015 foram soltos alguns lotes e 4 anos depois ficou comprovado que o trabalho dos pesquisadores da Fiocruz em conjunto com os pesquisadores do Programa Mundial do Mosquito teve êxito. A cidade de Niterói, região metropolitana do estado do Rio de Janeiro teve uma diminuição de 75% nos casos de chikungunha.

De acordo com a Sociedade Americana este método tem sido eficaz também em países como Vietnam, Austrália e Indonésia.

Os resultados positivos no Rio de Janeiro estimulou o Ministério da Saúde estender o programa à outras cidades como Belo Horizonte, Campo Grande, Manaus, entre outras, e mesmo com esta boa novidade, o controle do foco do mosquito permanece.

Fonte: O Globo, Ministério da Saúde






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