“A violência sexual contra crianças e adolescentes é um crime sem recortes. Qualquer pessoa pode ser o criminoso, qualquer criança e adolescente pode ser a vítima”, diz Andrea Taubman, autora do livro “Não me toca, seu boboca!”
Andrea levou 8 anos para escrever este livro, afinal tratar de maneira lúdica e suave um tema tão forte requer muita responsabilidade.
Foram várias idas e vindas, reescrevendo frases com a consultoria e revisão de psicólogos e da Fundação Childhood, criada pela Rainha Sílvia da Suécia.
Quebrando tabus
Apesar dos brasileiros desfilarem seus corpos praticamente nus durante o Carnaval, ver com naturalidade os biquínis mínimos a beira mar, falar sobre sexo com o médico (a) ou parceiro (a) ainda é tabu em pleno século 21.
E este tabu continua não só entre os casais como também entre pais e filhos. Falar com eles sobre as mudanças corporais, as relações sexuais e os toques que são permitidos nas crianças menores é de suma importância para evitar traumas e a gravidez indesejada.
Entretanto, o que mais se vê são crianças e adolescentes tomados pelo medo e vergonha como se fossem os culpados.
O silêncio impera porque invariavelmente o agressor é uma pessoa próxima das relações familiares ( tio, avô, etc…), quando não está dentro da própria família. Há casos em que a própria mãe é uma abusadora, seja por conivência ou não.
E há uma grande sub-notificação quando o abusador é da vizinhança. É um crime que acontece com muito mais frequência do que os números revelam.
Brincando e educando
Um dos grandes desafios dos autores destes livros foi escrever sobre como acontece o abuso. Dar dicas de como sair deste tipo de situação e principalmente passar para a criança e/ou adolescente que ele (a) será ouvido (a).
Caso presencie ou escute uma criança solicitando ajuda, ligue imediatamente para a Polícia Militar no número 190. Já para os casos de suspeita de violência, a denúncia poderá ser feita pelo Disque 100 ou 180.
Vamos à lista!
Pipo e Fifi
Conta a história de dois monstrinhos, uma menina e um menino, que buscam passar conceitos básicos sobre o corpo e trocas afetivas partir dos 3 anos de idade.
Escrito pela pedagoga Caroline Arcari e pela ilustradora Isabela Santos, o livro ensina a diferenciar toques de amor de toques abusivos, apontando caminhos para o diálogo e a proteção de forma simples e descomplicada.
Não me toca, seu boboca!
Escrito por Andrea Taubman, o livro conta a história de Ritoca, uma coelha que usou a esperteza a seu favor para escapar, com a ajuda de seus amigos, de uma situação de violência com seu vizinho. A narrativa é feita com uma linguagem simples e traz ilustrações da artista Thais Linhares.
Sem mais Segredo: Juju, uma menina muito corajosa
O objetivo da história é ajudar os adultos no diálogo com crianças pequenas sobre a violência sexual, ensinando-as a reconhecer uma situação de violência e como agir com essa situação. Foi escrito pelas autoras Ana Cláudia Bortolozzi Maia, Dárcia Amaro Ávila, Juliana Lapa Rizzi e Raquel Baptista Spaziani.
O Segredo de Tartanina
Escrito pelas psicólogas Cristina Fukumori, Alessandra Rocha Santos Silva e Sheila Maria Prado Soma, o livro traz, de forma lúdica, a história da tartaruga Tartanina, que foi vítima de abuso sexual e tem medo de contar para alguém a situação pela qual passou. O livro explica, de forma didática, como identificar casos de abuso sexual e como agir nessas situações.
A Mão Boa e a Mão Boba
Com uma linguagem simples e educativa, o livro apresenta as diferenças entre os toques amigos e toques abusivos. Escrito por Renata Emrich e ilustrado por Erica Ianni, o livro visa trabalhar com crianças, pais e escolas, a prevenção do abuso sexual contra crianças e adolescentes.
Leila
Leila é um filhote de baleia jubarte que vive assombrada pelo assédio de seu vizinho, o Barão. Amedrontada, ela se cala diante dele e de suas atitudes repressoras. Ao longo da história, a personagem fica muda de pavor e angústia, mergulhada numa tristeza profunda. Até que um dia, ela encontra a sua voz para se libertar do constrangimento e do medo. O autor Tino Freitas e a ilustradora Thaís Beltrame convidam as crianças para uma jornada de autodescoberta e busca por justiça e respeito.
Fonte: Saúde Abril, Childhood Brasil e Lunetas
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